Tudo começa no rolo, passa pelo químico e termina na imagem, virtual ou real.
Pelo meio fica o sabor e o prazer de cada momento que passámos.
Desenrolamos aqui a espiral das imagens, das ideias e das experiências que resultam desta paixão que nos une e que aqui partilhamos.






Sunday, October 21, 2007

Ericeira,

... e aqui ficam alguns desses excelentes momentos,










Saturday, October 20, 2007

14.10.07 - Adraga / Ribeira de Ilhas - Praia dos Calhaus

Um dia de fotografia decididamente Paisagística. A começar pela manhã, bem cedo, à procura dos primeiros raios de luz, propícios aos ambientes serenos.

Após uma aprazível tour pelas curvas da Serra de Sintra (convenhamos que 6:30 da manhã nem para o GPS será boa hora para decidir percursos) chegamos a Colares, ponto de encontro onde nos reunimos com a Ana e o Mário Nogueira e o Pedro Inácio, que nos irão guiar e acompanhar durante o resto do dia.

A nossa primeira paragem: Praia da Adraga.

Excelentes formações rochosas.

Fotografar praias tem destas coisas, há uma tríade de espécies frequentadoras destes locais que frequentemente neles se cruzam e cuja convivência é já um hábito embora nem sempre pacífico: O Fotógrafo, O Pescador e O Surfista.

Boa maré para a pesca nesta manhã.

Para a fotografia, a luz e a água não seriam as ideais mas nem por isso houve desânimo. Fizeram-se ensaios, estudou-se o local e se deste dia não houver uma imagem à altura do mesmo, ficou a certeza de que vale a pena regressar e tentar de novo.

Com o avançar do dia, enquanto aguardávamos por boas abertas e pela luz do entardecer, refugiámo-nos na hospitalidade do Mário e da Ana, do Pedro e da Sílvia com largas horas de conversa sobre o modo de trabalho de cada um. Com muitas belas, excelentes imagens a acompanhar o discurso, que foi um prazer segurar na mão e será certamente um prazer rever em breve… numa exposição que sem dúvida alguma virá por aí mais dia menos dia ;)


Final de dia: Ribeira de Ilhas – Praia dos Calhaus


Após alguns aguaceiros durante a tarde, o fim do dia presenteou-nos com um céu espectacular e com a companhia de mais dois fotógrafos: Nuno e Nanã Sousa Dias. Sempre um privilégio fotografar na companhia da sabedoria e da generosidade de quem está na fotografia por amor à mesma.

Um dia excelente e, sem dúvida, um regresso prometido para assim que a oportunidade espreitar.


Wednesday, October 10, 2007

6 a.m. - in the dark

Da tripla que bloga aqui, cabe-me a mim representar o lado obscuro do trio. Por outras palavras, tenho a felicidade (pra mim é felicidade e pronto!) de ser a única que consegue trabalhar no escuro. Já alguém reclamou para si a categoria de vampiresca mas, na prática… é só ambição J … por enquanto!!! Eu tenho fé que um dia chega lá!!

A foto que coloquei no nosso post inaugural é uma digitalização manhosa (porque de digi-seja-o-que-for estou convencida que nunca sairá daqui nada melhor que manhoso) de uma ampliação feita em laboratório tradicional. Ampliação essa igualmente manhosa, mas neste caso defendo-me com a falta de experiência. Muito poucas horas de treino e muito, muito mesmo ainda para aprender.

Coloco aqui de seguida duas imagens que ilustram duas fases do processo de ampliação.


A primeira mostra a prova de contacto, que serve essencialmente para vermos o que ficou nos fotogramas e escolhermos o que nos parece melhor a nível estético, de composição. Não adianta tomar tonalidades ou contrastes da prova de contacto como ponto de referência para a ampliação porque, ao ampliar, tudo isso terá que ser novamente testado e ensaiado.



A segunda é uma tira de teste. Serve para avaliarmos os tons e contrastes que podemos obter nas várias zonas da foto, com períodos de tempo de exposição diferentes, tirando as nossas conclusões acerca do tempo ideal para a ampliação e eventual necessidade de trabalhar isoladamente alguma parte da foto.


Outra fase igualmente importante na produção de uma foto em laboratório é uma boa banda sonora :), neste dia não me lembro qual foi, mas hoje…. dedicando… seria esta:

Radiohead - Nude - Amsterdam - In Rainbows

6 da manhã, com ou sem café tanto faz...

...o importante é mesmo a grande paixão que temos por estes e outros momentos:


por estes,


e por estes também!

Monday, October 8, 2007

6 da matina ou a Excursão "Volte para trás assim que for possível"

Sou da raça dos morcegos, o que quer dizer que me dou bem é à noite. O drama começa quando os dois Bergman cá do sítio acharam por bem obrigar-me a sair do vale dos lençóis ainda antes das 6 da madrugada - hora indecente para qualquer bicho da noite que se preze.

Conseguiram e nem desgraçadamente cumpriram o prometido - nenhum deles tinha canecas de café à minha espera.
Mas também não me parece que tenham cumprido o objectivo a que se propuseram (sim, era um deles, mesmo que não o mencionem!) - amansar o Tarantino do gatilho que há em mim (nha nha nha)

Posso mesmo assim afirmar que era eu a mais acordada e com mais vontade de começar a dar ao dedo. Fazer a viagem para Tróia fechada dentro do barco?! Panhonhas friorentos!
Além disso, tinha uma menina nova para pôr a trabalhar :P








Chegamos ao destino e eu sem café. A maré vazia como planeado, mas nada das nuvens que tínhamos pedido ao S. Pedro. E depois sou eu quem tem mau-feitio...

Enfim... atirei-me ao lamaçal confiante de que se algo corresse mal, teria a gaja ideal ali à mão, para me desencalhar.






A manhã foi avançando (e eu sem café), e assim fomos nós, andando ao longo do areal, descobrindo outros alvos, gastando rolos (uns mais do que outros), escondendo-nos atrás de arbustos do enquadramento uns dos outros.. E palavra que ninguém diria que andamos os três a olhar para as mesmas coisas..



Alguém disse que gostava muito de fotografar barcos...
Eu também ;)





ok... eu gosto de fotografar... o que me dão... até pontes com avisos para não atravessar



e ainda estou na dúvida se a pergunta da Mónica sobre se nenhum de nós tinha tido coragem para se meter em cima da ponte, foi de facto inocente ou com a certeza de que eu não ia ficar lá em baixo :S




Resolvemos ir fazer tempo até a maré encher, procurando uma bacia que o Nero teimava que tinha visto noutra viagem.
Um dia destes talvez alguém me consiga convencer de que de facto os GPS servem para alguma coisa quando são precisos. Mas lá demos com a bacia. E ele não ficou satisfeito. Diz que esperava outra coisa.
Digo eu que ali até se gastavam uns rolos...







Interrupção para almoço. Atacamos a seguir. Maré Cheia.






e esta ia-me valendo um mergulho cais palafitico abaixo. Um dia destes tenho que aprender a tirar a máquina da cara antes de desatar a correr atrás de um qualquer alvo...



A seguir foi a aventura de tentar ir para casa. Disso não há registo fotográfico. Mas devia haver registo sonoro da gaja do GPS a dizer de 15 em 15 segundos "Volte para trás assim que for possível".

Se pudéssemos, voltávamos, pá!

Sunday, October 7, 2007

Dizem que é uma espécie de making of

A ideia deste blog nasce numa das muitas conversas que tivemos em redor de um dos nossos elos comuns, o mais evidente e mais presente cada vez que nos juntamos: A fotografia.
Juntamente com o blog aparece a vontade de levar essas longas conversas para longe do teclado e do monitor e para mais perto de nós.
Passamos das palavras aos actos, partilham-se ideias e pensam-se em cenários possíveis, capazes de responder à vontade de todos:


- Alternativa ao cenário de todos os dias;
- Ar livre
- Paisagem
- A marca humana na paisagem

À primeira sugestão temos unanimidade:























Ao primeiro pormenor de percurso nem por isso… mas chega-se a um consenso…




















Chegada a hora, dá-se início ao que se espera que seja a primeira das muitas viagens, origem da matéria prima que cada um de nós depois transformará a seu gosto.

Saturday, October 6, 2007

Let's look at the neg

Começam assim as hostilidades - mais um blog que se apresenta: um grupo de viciados nos químicos, apaixonados do click, uns Bergman outros Tarantino. De tripés fincados em qualquer lado que a imagem os chame, ou de máquina na mão a correr atrás das gaivotas. A saltar da cama às seis da matina, arrastados ou por vontade própria, uns mais acordados que outros, o destino é sempre o mesmo: alimentar a paixão que nos alimenta — carregar no obturador.

Por aqui irão desfilar as estrelas principais: Tri-X, Delta 100 ou 400, HP5 ou Fuji Acros. E o Velvia... o Velvia...

A cada um a sua droga. As nossas são estas.


JCNero



salamandrine